11 julho 2015
08 julho 2015
04 julho 2015
12 maio 2015
07 maio 2015
04 março 2015
A faca sutil (livro)
Aprendi cedo o valor de
um escritor que confia em seus leitores. A primeira dica foi a série
Desventuras em Série, na qual Lemony Snicket não hesita em
criar um mundo cheio de referências bem escondidas e informações
que muitos considerariam complexas demais para crianças. Depois,
ganhei de presente Harry Potter e a filosofia, que como muitos
manuais quase oportunistas, mostra como o pensamento de vários
filósofos está presente nas histórias do bruxinho.
Por que é um fato que
leitores (mesmo queda mesma faixa etária) tenham vários níveis de
compreensão diferentes sobre a mesma obra. Um livro sozinho é só
um calhamaço de papel e tinta (ou algo ainda mais insignificante:
bytes na nuvem) e só se torna uma coisa de fato fantástica quando
misturado as várias experiências de seus leitores.
A série Fronteiras
do universo, iniciada por A bússola de ouro (resenha
aqui) é um expoente fantástico disso. Phillip Pulmann não despreza
seu provável público (crianças e adolescentes) e insere questões
complexas sobre religião, o bem e o mal, não tão visíveis assim
no primeiro livro da série, mas essenciais em A faca sutil,
sua continuação.
[A partir daqui,
teremos spoilers de A bússola de ouro.]
27 fevereiro 2015
Broad city (série)
Se Girls e uma
miriade de outros seriados e filmes estiverem certos, a crise dos
vinte e cinco anos parece ser dramática. Ao mesmo tempo que se é
jovem o suficiente para que se admitam algumas irresponsabilidades e
erros, a sensação de não ter se construído nada (quando um terço
da vida já se passou) deve ser dolorosa.
Mas não é na dor
dessa idade que Broad City se foca – na verdade, o seriado
trata os problemas dessa idade com um humor único e fabuloso. Abby e
Ilanna, nossas protagonistas, são duas amigas judias inseparáveis
morando em Nova Iorque.
25 fevereiro 2015
Em busca de WondLa (livro)
Já começando com a
minha promessa de ler mais ficção científica nesse ano, comecei a
minha leitura de Em busca de WondLa, uma série
infanto-juvenil que repousa na minha estante há bastante tempo.
Eva Nove não conhece
nada além do seu Santuário, onde vive com Mater, uma robô
designada para treiná-la em habilidades de sobrevivência. Ela nunca
conheceu outro ser humano ou criatura que não fosse Mater, e deseja
fortemente ver o mundo lá fora.
20 fevereiro 2015
5 dicas de escrita de Stephen King
Vários dos meus
leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha
própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim
como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje posto a coluna
dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores
que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Hoje vamos ao
mestre do terror, Stephen King.
18 fevereiro 2015
A menina que semeava (livro)
No auge da fama de A
culpa é das estrelas, muito se falou sobre a tal da sick-lit,
literatura que, teoricamente, utilizaria personagens com doenças
terminais sem muito pudor. Fora algumas tentativas de leituras de
romances melosos, tive a sorte de cair em um círculo de “sick-lits”
boas, que ao contrário do esperado, não definem os seus personagens
doentes por sua doença. A menina que semeava não quebrou
esse círculo.
Chris tem uma relação
complicada com sua filha Becky, de catorze anos – mas ao contrário
do esperado, o problema não é a rebeldia da menina ou ausência do
pai, e sim a comparação (injusta) com o passado. Apenas quatro anos
antes, Chris ainda era casado com a mãe de Becky, todos eles moravam
na mesma casa e pai e filha viajavam diariamente para Tamarisk.
16 fevereiro 2015
Tiny furniture (filme)
Para os não
habituados, o estilo da atriz e criadora de Girls, Lena
Dunham, pode ser um pouco chocante. Além de não corresponder nem de
longe aos padrões estéticos televisivos, Lena não tem muito apreço
pelas convenções sociais e adora um bom oversharing – ou seja,
compartilhar com os outros detalhes da sua vida considerados
desnecessários pela maioria. E é isso que a faz fantástica.
Gosto muito da série
Girls: embora algumas situações (como, por exemplo, a
suposta falta de dinheiro das personagens ser magicamente resolvida
de um episódio para o outro) sejam ireais, esse tom extremamente
pessoal de Lena me agrada. Tiny furniture, o filme indie que a
lançou para o sucesso, não é muito diferente – embora me faça
crer o oversharing é o único truque que Lena Dunham tem na manga.
15 fevereiro 2015
Domingo preguiçoso: David Bowie por Seu Jorge
Esse GIF. Ah, esse gif, amigos. Agora saiam da hipnose e vão ler o post. |
Adoro David Bowie, e
como qualquer fã que se preze, tendo a torcer o nariz para a maior
parte dos covers e me manter longe de versões. Estas, porém, feitas
por Seu Jorge (artista que não desgosto, mas também não ligo muito
para esse) estão tão fantásticas que merecem um cantinho aqui no
Domingo Preguiçoso. Seguem minhas favoritas:
[A minha queridinha de David Bowie, Space Oddity, infelizmente não ficou tão boa :( ]
[A minha queridinha de David Bowie, Space Oddity, infelizmente não ficou tão boa :( ]
Ouça o álbum inteiro aqui.
13 fevereiro 2015
The night shift (série)
Sempre falta um
pouquinho de realidade nas séries médicas.
Não falo muito em
termos de diagnósticos e cura – disso dificilmente posso falar –
mas sim em coisas práticas. Mesmo nos melhores hospitais do mundo,
dificilmente um House teria um caso só por vez. E o que falar das
instalações de luxo de Red band society – hospital no qual
nunca se ouviu a frase “você tem seguro de saúde?”.
Em The Night Shift,
porém, os médicos esbarram com esse probleminha chamado realidade
mais ou menos o tempo todo. Localizado em San Antonio, no Texas, o
hospital no qual a série se passa é a única unidade de trauma na
região, passa por uma situação financeira difícil e tem no
exército o seu principal fornecedor de médicos. Para complicar a
situação mais um pouquinho, não seguimos um turno normal, e sim o
da noite, com acidentes mais complicados e expectativas mais altas.
11 fevereiro 2015
O senhor das moscas (livro)
Crianças são
criaturas curiosas. Eu particularmente desprezo a lógica sob a qual
elas são anjinhos de luz, inocentes e sem as corrupções do mundo
adulto – os pequenos podem ser cruéis e vis a sua própria maneira
– mas é fascinante as personalidades únicas que, sem as barreiras
sociais impostas, os pequenos desenvolvem.
O senhor das moscas
talvez seja uma história sobre personalidades infantis,
diferentes e conflitantes, convivendo em uma situação limite. Cada
um de nossos protagonistas tem um defeito mortal e uma qualidade que
se sobressai: há Porquinho, inteligente, mas que se curva facilmente
aos outros; Jack, um excelente líder, mas com sede de poder demais e
Ralph, que sofre do mesmo defeito e tem como qualidade sua
racionalidade.
10 fevereiro 2015
09 fevereiro 2015
Vida de adulto (filme)
Neil Gaiman disse: “se
você esperar inspiração para escrever, poderá até ser um poeta
decente, mas nunca será um romancista”.
E isso me parece ter um
fundo bem grande de verdade. Ao passo que romances são feitos de
sangue, suor e lágrimas do autor, a poesia tem de ser inspirada e
sair de dentro. Suponho que Drummond não cumprisse prazos de
editores – e nem deveria: submeter sua criatividade poética ao
tempo tiraria um pouquinho de sua grandeza.
08 fevereiro 2015
Domingo preguiçoso: Writing Majors (websérie)
Como seriam os
escritores clássicos caso vivessem no século XXI? A websérie
Writing Majors tenta responder isso: no formato de vlog, ela mostra o
cotidiano de Jane, Oscar e Emily – ou, respectivamente, Jane
Austen, Oscar Wilde e Emily Dickens – estudantes de escrita
criativa nos anos de hoje. A websérie ainda tem poucos episódios,
mas já nos apresentou personagens novos como F.Scott Fitzgerald (o
cara de O grande Gatsby) e tem bastante potencial.
06 fevereiro 2015
5 dicas de escrita de Scott Westerfeld
Vários dos meus
leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha
própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim
como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje inauguro uma
categoria nova: dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas
de alguns autores que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos
ensinar. Começo hoje com Scott Westerfeld, que me apresentou a
distopia com sua série Feios e também escreveu o bastante
esperado e meio metalinguistico Afterworlds. Preferi explicar
o que entendi das dicas com minhas próprias palavras, uma citação
ou outra inclusa. As fontes estarão no final do post.
05 fevereiro 2015
04 fevereiro 2015
A sociedade do anel (livro)
Gostar de um livro e
reconhecer suas qualidades são coisas bastante diferentes – eu não
gostei muito da leitura de O processo, por exemplo, mas sei
que é uma grande obra. Até então também vinha fazendo isso com o
queridinho de dez entre dez loucos por fantasia, Tolkien, mas talvez
eu precise mudar um pouquinho esse status.
Comprei a coleção
completa de O senhor dos anéis há alguns anos: graças a uma
conhecida no Orkut (!!!) fiquei sabendo do maravilhoso mundo de
promoções do Submarino e arrebatando a trilogia, O hobbit e
o Silmarillion por um preço que antes me pareceria
impossível. Desde então, foram várias a tentativas de leitura da
história que eu conhecia vagamente graças aos filmes (assistidos
com minha mãe na não tão saudosa época dos videocassetes –
tente “rebobinar” três horas de película), nenhuma levada até
o fim.
03 fevereiro 2015
02 fevereiro 2015
Pride (filme)
A falta de união entre
os movimentos sociais é uma coisa que ao mesmo tempo que me parece
culpa de ninguém, me parece culpa de todo mundo. Mesmo que o
discurso seja de igualdade (e é) nunca é fácil confraternizar com
o “inimigo”, com o opressor, com aquela pessoa que agora precisa
de ajuda, mas em outra ocasião facilmente te desprezaria.
É nessas questões que
Mark, um dos protagonistas de Pride, esbarra. O ano é 1984, e
a Inglaterra sofre com um período extremamente conturbado: os
mineiros ingleses sofrem nas mãos de Margaret Tatcher, a dama de
ferro, que recusa-se a ceder um milímetro que seja nas revindicações
desses trabalhores. A escolha, em muitas pequenas cidades dependentes
da mineração, parece bem simples – ou furar a greve ou morrer de
fome.
01 fevereiro 2015
Domingo preguiçoso: ilustrações de 1984
1984 é um dos principais expoentes da distopia - e, consequentemente, um dos meus livros favoritos. A poderosa obra de Orwell fala de liberdade e política como poucos conseguiram, sendo relevante até hoje - a alegoria do Grande Irmão nunca deixará de ser usada como referência na cultura pop.
30 janeiro 2015
Por que eu quero ler mais livros que se passem no Brasil
Eu
ainda me lembro da primeira história que escrevi no computador.
Àquela
época, meus pequenos trabalhos à mão eram vários: folhas de
ofício retiradas furtivamente da impressora, dobradas ao meio e
grampeadas, preenchidas com histórias escritas à giz de cera e
desenhos. Um dia, por uma razão qualquer, resolvi escrever no
computador – um Windows 98 na cor gelo – e assim nasceu a minha
primeira história.
Sei
lá quantos anos eu tinha – não mais do que nove, provavelmente,
portanto a qualidade da produção era compatível com a idade da
escritora. Escrevi aquela história por alguns meses antes de me
refugiar nas fanfics de Harry Potter, mas até hoje guardo uma de
suas versões impressas, junto com outros pequenos trabalhos que
fazem parte da minha história com a coisa que mais amo fazer no
mundo. Mudei bastante de gênero: até hoje escrevo para um público
jovem, mas que fui do romance ao sobrenatural. Até os meus catorze
anos, porém, todas essas histórias tem uma coisa em comum: elas não
se passam no Brasil.
29 janeiro 2015
28 janeiro 2015
A comissão chapeleira (livro)
Comecei a minha
trajetória no mundo da escrita escrevendo fanfics: o amor por Harry
Potter era tamanho que os livros (na época, acho que quatro)
publicados não eram suficientes. Eu queria passar mais tempo com os
bruxinhos, ser amiga de Hermione, expandir seus mundos, viver em
Hogwarts – e criar minhas próprias histórias baseadas nesses
universos era uma maneira de fazer isso. JK Rowling, você me
enfeitiçou, e eu não conseguia tirar seus livros da cabeça.
Me aposentei no ramo da
escrita de fanfics, mas desde então, alguns livros me deram a mesma
sensação de Harry Potter: eu queria estar presa em seu
universo. A arma escarlate, primeiro livro da série de mesmo
nome, já me introduziu a um universo fantástico no qual eu gostaria
de viver – A comissão chapeleira, sua continuação,
consolidou ainda mais isso.
[A partir daqui, a
resenha contém spoilers de A arma escarlate. Se você não
leu, confira essa resenha: a série é fabulosa, e merece ser
conhecida por todo mundo por razões de sou fangirl
ser muito boa.]
27 janeiro 2015
26 janeiro 2015
Temporário 12
Grace tem o que deve
ser um dos empregos mais complicados do mundo – ela supervisiona
crianças em situações de risco em uma espécie de orfanato. Ao
invés de pais mortos, porém, a maior parte deles foi abusado ou
surrado em casa.
Digo mais complicados
por uma razão bem simples: a maior parte dessas crianças não tem
razão alguma para confiar em adultos, que ao invés de ajudá-los e
protege-los, fizeram justamente o contrário em suas curtas vidas.
Grace, felizmente, consegue fazer um trabalho muito bom, juntamente
com seus colegas Mason (também namorado de longa data), Jessica e o
novato Nate.
25 janeiro 2015
23 janeiro 2015
Red band society (série)
Eu resisto em dizer que
o bestseller e adaptação de bilheteria milionária A culpa é das estrelas é sobre adolescentes doentes. Ao descrever a obra
para algum parente ou amigo talvez venha como algo natural mencionar
que Hazel e Gus tem câncer – mas ao contrário do que nosso amigo
Nicholas Sparks pode dizer sobre seus livros, é muito mais do que
isso.
Red Band Society
também. A adaptação americana da série espanhola Polseres
Vermelles (que comecei a assistir mas não gostei muito: talvez o
catalão não seja para os meus ouvidos) se passa entre as paredes de
um hospital, contando a história de um grupo de adolescentes internados
na ala pediátrica.
22 janeiro 2015
21 janeiro 2015
Belleville (livro)
Qual o seu preconceito
literário?
Não negue, eu sei que
você tem. Todo mundo tem – nacionais, fantasia, horror,
chick-lit... A lista é interminável e geralmente, bestsellers e
literatura de entretenimento de forma geral são os alvos preferidos.
Eu particularmente não gosto muito de livros de romance. O meu
preconceito é fundamentado num princípio muito simples: a
literatura costuma superestimar os relacionamentos românticos,
colocando-os como os mais importantes na vida do protagonista –
quando, na verdade, existem outros tipos de relacionamentos que
também são essenciais. Família é muito bom, e quem vive sem
amigos?
Um romance, porém, me
foi designado pela minha infame TBR Jar, potinho de livros para ler
que decide meu futuro leitor através da sorte. Este romance foi
Belleville, que me surpreendeu – e me fez perder um pouco do
preconceito com o gênero.
20 janeiro 2015
19 janeiro 2015
A teoria de tudo (filme)
Cada vez eu me convenço
que um dos maiores problemas que temos como humanidade é achar que
pessoas são menos do que pessoas. Achar que o próximo não é real
e tem uma vida interior tão interessante, conturbada e fascinante
como a sua.
Me esforço diariamente
para me lembrar disso – afinal, não se desfazem anos de
condicionamento cultural em tão pouco tempo – mas a ficha ainda
não caiu completamente. Eu ainda sou uma idiota, senhoras e
senhores, e um dos aspectos no qual a minha idiotice se manifestava
era achar que pessoas com deficiência eram, necessariamente,
inspiracionais.
Pois é.
16 janeiro 2015
Stalker (série)
A invasão da
privacidade alheia é um tema muito difícil de ser discutido em
tempos de internet. Ninguém gosta de ter sua vida fuçada por outra
pessoa, mas ao mesmo tempo, expomos tudo que há de possível nas
nossas redes sociais. O termo stalker, então se popularizou não
como um louco perseguidor que segue cada passo de seu objeto de
atenção, mas sim como um homem ou mulher normal que destrincha os
perfis online de determinada pessoa e até mesmo – Deus nos salve
disso – joga o nome dela no Google (técnica conhecida pelos
resultados infames que traz).
Em Stalker, como
há de se esperar, falamos do primeiro caso.
15 janeiro 2015
14 janeiro 2015
Trocada (livro)
Assim como os nacionais
Eduardo Spohr e Raphael Draccon, a minha atenção inicial por Amanda
Hocking não se deveu ao conteúdo de seus livros – e sim a sua
trajetória no mundo literário.
A jovem de seus vinte e
poucos anos foi manchete em sites de notícias no mundo inteiro por
ter sido uma das primeiras “milionárias do Kindle”, depois de
vender milhares de seus eBooks publicados de forma independente pela
Amazon. A ex-lavadora de pratos era uma escritora frenética, virando
noites (seu único tempo livre graças ao trabalho) acompanhadas de
Redbull a fim de escrever. Ouviu, como qualquer autor, incontáveis
nãos de editoras, mas não deixou de criar histórias por causa
disso: quando começou a publicar independentemente, já possuía cerca de uma dezena de manuscritos na manga.
13 janeiro 2015
12 janeiro 2015
Por que Garota Exemplar é importante
Precisamos de mais
filmes como Garota Exemplar, precisamos de mais livros como
Garota Exemplar – e não falo só do maravilhoso
entretenimento de qualidade por ele proporcionado. Por mais que o
filme divida blogueiras feministas entre o seu conteúdo (algumas o
aplaudem, outras o detestam) como mulher e fã de qualquer forma de
ficção, não posso negar que ele é uma joia rara.
Anita Sarkesiaan
provou, nesse vídeo de 2012, que o cinema mainstream tem um
serissimo problema com mulheres: dos indicados aos Oscars,
pouquissimos passaram o teste de Bechdel, critérios utilizados para
medir a representatividade feminina mínima em um filme. Não nos diz
se um filme é misógino, legal ou se tem personagens mulheres
interessantes: só nos diz se as mulheres existem na obra em questão,
e se falam de alguma coisa que não o mui importante protagonista.
Garota Exemplar
quebra isso em milhares de maneiras diferentes, mas vou apontar
só duas. Aprenda, Holywood, por favorzinho.
[A partir daqui, o
texto contém spoilers.]
11 janeiro 2015
Domingo preguiçoso: The March family letters
Já falei um pouco sobre The Lizzie Bennet Diaries (a adaptação de Orgulho e Preconceito que tomou o Tumblr como refém) aqui no blog, mas desde então as webséries que adaptam clássicos da literatura me decepcionaram um pouco. Talvez o legado de Lizzie e Lydia seja um pouco difícil de se elevar a, mas o fato é que nenhuma websérie até o momento chamou a minha atenção o suficiente para que eu a acompanhasse.
Espero que talvez The
March Family Letters mude um pouco isso. Baseado no livro
Mulherzinhas, de Louise Mary Alcott, ele conta a história de
crescimento das irmãs March – Meg, Jo, Beth e Amy.
Não posso falar muito
em termos do livro, que nunca li, mas as personagens da websérie são
hilárias, e com personalidades bastante diferentes. A série adapta
Mulherzinhas (que originalmente se passa no século XIX) para
os tempos modernos, nos quais as quatro irmãs fazem vídeos para
enviar a sua mãe, Marmee. Utilizando-se de recursos interessantes,
ela provavelmente não é um novo The Lizzie Bennet Diaries,
mas me faz esperar por cada novo episódio no meu feed no YouTube.09 janeiro 2015
Shameless (US)
De longe, Shameless
foi a minha melhor descoberta “televisiva” dos últimos tempos.
Duas semanas depois de ler um post sobre o seriado e incontáveis
episódios passados, eu estava completamente apaixonada pelas
desventuras da família Gallagher.
08 janeiro 2015
07 janeiro 2015
O doador de memórias (livro)
Em
teoria, conhecer o passado nos ajuda a tomar decisões mais acertadas
para o presente. Guerras poderiam ter sido evitadas se os governantes
olhassem para a história, e em nossas vidas passos mais acertados
poderiam ter sido dados se usassemos o ontem como referência. Não
vem funcionado muito bem, mas bom, é o que temos.
A
sociedade de O doador de memórias, porém, escolheu esquecer.
Mas não escolheu esquecer só os fatos históricos de guerras e
destruição, mas os personagens desconhecem também qualquer coisa
fora dos limites bem planejados e regras milimetricamente executadas
de suas comunidades. Adotou-se a chamada Mesmice, e junto com a fome,
a guerra e a violência, exterminou-se também os sentimentos
profundos, o amor, as cores e a diferença. Esta última ainda
existe, é claro, mas de forma tão sutil e controlada que não traz
o problema e a beleza que o divergente geralmente carrega consigo.
06 janeiro 2015
05 janeiro 2015
Expresso do amanhã (filme)
Quando falamos de
distopias puras e simples, a resposta é óbvia: as mesmas são
alegorias poderosas para críticas de problemas atuais. Mas quando
falamos de um filme ou livro no qual toda a humanidade é destruída,
por que isso é tão atraente?
Segundo o filme Jogos do apocalipse, um evento de destruição mundial varre, para os sobreviventes, todo o universo e cultura no qual seus planos se basearam. O diploma, o emprego e o acesso ao wi-fi não possuem mais nenhuma importância, visto que o sistema no qual sua essencialidade foi determinada não mais existe. Como esse crítico muito bem apontou, a morte de um só ser humano é um desastre, de toda a humanidade é entretenimento. Afinal, como não se atrair com um universo cheio de possibilidades?
Segundo o filme Jogos do apocalipse, um evento de destruição mundial varre, para os sobreviventes, todo o universo e cultura no qual seus planos se basearam. O diploma, o emprego e o acesso ao wi-fi não possuem mais nenhuma importância, visto que o sistema no qual sua essencialidade foi determinada não mais existe. Como esse crítico muito bem apontou, a morte de um só ser humano é um desastre, de toda a humanidade é entretenimento. Afinal, como não se atrair com um universo cheio de possibilidades?
04 janeiro 2015
Domingo preguiçoso: robôs poloneses em 1920
Sou bastante fã desse estilo que mistura coisas que nunca, de outra maneira, veríamos juntas: aguça a criatividade melhor do que os clichês.
Tipo esses robôs na área rural da Polônia em 1920.
02 janeiro 2015
Star-crossed (série)
O canal americano The
CW vem aparecido com boas séries de ficção científica nos últimos
tempos, mas é uma pena que muitas delas compartilhem dos mesmos
problemas. No caso de The Tomorrow People, a qualidade da
história não compensava muito tais defeitos, mas com The 100
e a infelizmente já cancelada Star-Crossed, vale a pena
conferir.
Nunca me considerei uma
grande fã de história de alienígenas – na verdade, todo meu amor
por histórias de ficção científica repousam na distopia, e até
mesmo clássicos do gênero como Blade Runner demoraram um
pouco a me convencer. Depois de terminar uma maratona de V durante as
férias, porém, resolvi abrir um pouco mais a cabeça para o gênero
– afinal, não muito diferente de muitas das coisas que escrevo –
e Star-Crossed me rendeu umas boas horas de diversão.
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01 janeiro 2015
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